terça-feira, 2 de novembro de 2010


Tome seu rumo

O abandono é inevitável,

Quando comparado a tuas mentiras, tuas juras infindas,

Suas farsas, suas máscaras, mil facetas, dez-cascas,

Cem-perdões, dois corações;

Um de pedra e outro músculo que bombeia,

Bobeia minha credibilidade, quando sinto saudade de alguém assim.

Alguém que machuca, que fere, que adere o conforto,

E sai indisposto quando não quer mais.


E o que eu penso, onde fica?

Vai pro saco!

O que eu digo, onde fica?

Vai pro saco!


Já não quero mais papo com o seu veneno,

Por hoje cancelo essa dose de ofensa,

Dose que me tenta, que me desce queimando,

Que sai rasgando a garganta, tirando o juízo...

Eu já não quero mais!


Espero que a garrafa quebre de uma vez só,

Pra não sobrar caco que se cole,

Não sobrar papo que me amole.


Que não fique mais um resquício desse vício

Que um dia tive por ti, se tiveres que partir,

Vá com Deus, pois a passagem que lhe dei é só de ida,

A volta é você quem paga.


Paula Albuquerque