quarta-feira, 22 de dezembro de 2010


Quando passou, nem vi,

Notei que era estrondoso, assustava.

Meu amor passeava de estrada em estrada,

E assim largado, assim solteiro, ficava preso a quem dominava.


Mas meu amor não tinha dono não, era assim largado,

Ficava de lado esperando a razão dizer adeus,

Só que ela não dizia, ela não saia, ela negava a derrota,

Não podia acreditar que o amor pudesse ser feliz sem pensar.


E a derrota chegou sem me cumprimentar,

Já saiu arrombando a porta antes de perguntar se era bem vinda,

E a danada ainda conseguia planejar,

Botou na minha cabeça que uma vez feito, não se pode mudar.


Agora relação, como você fica?

Fica mesmo, ou já está de saída?

Não tenho como compensar,

Outro amor tão sincero, que minha certeza já estava certa demais pra voltar.


Paula Albuquerque

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010


Amor de Vida Fácil


Tem dias de inverno que o calor é um inferno

Tem presente que é surpresa, tem indelicadeza

Tem afeto que machuca, tem penar que alivia

Tem tristeza que murmura quando lembra d’alegria.


Por outro lado, tem a metade do meio,

O começo do final e o local sem enderço,

Então como explicar esse amor de fachada?

Amor que enfeita, amor que desfila,

Que se veste, que desnuda, que carne, que muda

Que ficou e passou causando furor,

Meu amor é uma puta!


Meu amor se entrega a qualquer uma.

Vai sem saber aonde vai, sem saber aonde fica

Sem saber quando volta, muito menos quanto custa;

Porque só se paga quando termina,

E o que menos importa é o preço,

Quero mesmo é o apreço desse amor,

O valor a gente resolve em parcelas.


Paula Albuquerque