terça-feira, 27 de novembro de 2012

FezSóBook




A geração do fone não te ouve mais
Suas conversas são solitárias
Suas palavras buscam ecos na caverna
- Curtiu? Alguém curtiu o que eu falei?

Não fui enfático, preciso de mais drama
Por favor, joguem-me os cãezinhos para adoção
Me dêem os idosos esquecidos
Mostrem como amam minha comida, me amem!

Só quero ser aceito, tenho medo de solidão
Então, vivo conectado,
Mas ninguém me responde, ninguém me vê.
Parece que viver hoje dói mais.

Gostei, vou postar.

Paula Albuquerque

Querendo ser burro




Hoje, o nosso maior defeito é saber de tudo, já sabemos como funciona nosso organismo, logo não deixamos de comer aquilo que queremos, só comemos moderadamente, sabemos também que o amor tem algumas formulas sim, basta cultivar, regar, colher e principalmente ser paciente com ele. Outra coisa importante é que já sabemos lidar com boa parte das doenças e quase nada nos mata tanto quanto a velhice, essa que por sinal já não nos deixa mais manchas na pele, pois já aprendemos que sol em excesso faz mal e que a imortalidade tá quase aí, batendo na nossa porta. Em todo esse tempo conseguimos entender que exercício físico é imprescindível, que cigarro mata e um baseado de vez em quando não faz mal. Passamos pela tristeza com remédios, pela dor com pílulas, até pelos filhos, basta uma pílula e eles não vem, compreendemos que não podemos viver no ócio, mas que trabalhar demais também não é adequado, pois lazer é saúde. Amigos nos alegram, algumas pessoas são falsas, e família, meu amigo, a família é tudo que precisamos. Palavra cruzada, quebra cabeça, caça palavra fazem nosso cérebro acordar e dor nas costas é algo que vai acontecer de vez em quando. Só nos falta uma coisa, a ignorância, pois sem ela não vive-se, calcula-se.


Paula Albuquerque