sábado, 14 de maio de 2011


Poesia Nomerica


A poesia é terna, sua beleza ritmada
Sua letra melô ao dia, sua fala é calada.
Quando sopra baixinho, só pra conquistar
Quando grita estrondo, faz a pele arrepiar.

Você que não é escriba, não sabe palavra, nem pala de vão
Trate de lembrar que palavra cortada, também faz refrão.

O inculto foi um tanto inteligente,
Quando aprendeu que escrever serve pra todo tipo de gente,
Já o erudito, coitado, foi perdendo espaço,
Pois poetizou demais o que já era poetizado.

O rapaz gosta, a madame adora, pode-se ter a qualquer hora,
Causa sensações que nem Inês-plicou, nem Lara-piou e Augus-tou;
Diogo-que, a leitura é de suma, caso não entenda, Raimunda!

Paula Albuquerque

2 comentários:

  1. Pouco lindo, então! Incrível esse jogo de palavras, elas têm tão a ver contigo que consigo ver nitidamente você recitando isso com sua voz de poeta inspirada e principalmente, inspiradora. Amo você, parabéns, negra.

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  2. Brinca com as palavras como ninguém.
    É tão íntima do dizer, que pode fazer e refazer.
    Lindo!

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